Vale das Tágides

Criador especializado em Perdigueiro Português

História

Podemos dizer com alguma segurança que o PP descende dos velhos perdigueiros existentes no extremo ocidental da Península Ibérica e com características idênticas desde os séculos XIII/XIV.
Foi criado em canis reais, da nobreza e da igreja e segundo Leopoldo Carmona, um seu entendido, era fisicamente o cão de falcão nos primórdios da nossa nacionalidade.

A sua figura multissecular e inúmeras citações aparecem um pouco por todo o lado:

  • No "Testemunho Veteres" de Santa Cruz de Coimbra (séc. XII), um cão de mostra a tentar subir uma azinheira junto a um monteiro a cavalo com um açor na mão - friso escultórico numa das faces do túmulo de Fernão Sanches, filho de D. Diniz (1261/1325), no Museu do Carmo em Lisboa;
  • Nas "Ordenações de D. Afonso III (1261) - os cães destinados a caçar aves eram chamados de podengos nesta altura - "... e os açoreiros levam os podengos..."
  • No "Livro de Montaria" de D. João I, é mencionado outra vez " podengo de mostra" ou seja um cão que evidenciava já capacidades de parar perante a caça;

No reinado de D. Sebastião (séc. XVI), as classes populares já o adoptaram como meio de lhes arranjar subsistência, devido a haver poucos homens para cultivar as terras e também devido à peste e à fome. Serve nesta altura para caçar a fim de alimentar o povo. Isto apesar de ser proibido, pois a sua utilização dizimava as coutadas reais. Promulga D. Sebastião " o Regimento das Coutadas de Lisboa a seu termo", onde aparece pela primeira vez a designação de "perdigueiro", como cão de mostra para caçar perdizes e codornizes. É uma época de grande expansão da raça e nesta altura chega mesmo ao Japão e ao Brasil;

O padre Domingos Barroso, pároco de Vilar de Perdizes, cita-nos um documento de grande interesse "...Veio até nós, também lá do fundo das idades, uma pintura, mas esta portuguesa - um Painel de azulejos da Casa do Município, em Estremoz (entretanto desaparecido),  ... não sei a época da construção do edifício, mas no quadro, ao lado dos homens das redes, há homens armados com velhos arcabuzes. Evidentemente pertencem à época de transição para as armas de fogo, fins do séc. XVI, início do séc. XVII ... o cão tem pelo curto, "marra" em pé e de nariz levantado. O seu arcaboiço assemelha-se aos nossos perdigueiros modernos..."

O quadro "Caçada em honra de Carlos V no Castelo de Torgau" de Lucas Carnach - este quadro está no Museu do Prado em Madrid. Nele estão representadas cenas de caça ao veado e ao javali pelo Imperador e seu séquito. No canto inferior esquerdo junto da Imperatriz D. Isabel de Portugal lá está um nosso perdigueiro.

A partir do séc. XVII dá-se o declínio da raça com o aparecimento das armas de caça e com a abertura das nossas fronteiras às raças da moda e em pleno séc. XIX está perto da razia completa, mas, felizmente para nós a teimosia de alguns fez com que num pequeno recanto do nordeste transmontano (região de Montalegre) fosse encontrada alguns exemplares no seu estado mais puro.

Caça

O Perdigueiro Português é um óptimo cão de parar, muito afectivo e inteligente que busca a caça de forma metódica, alegre e apaixonada, em galope moderado ou trote ligeiro adaptando-se com grande facilidade a todo o tipo de terreno e clima.

Dotado de grande resistência, submisso e com espirito sofredor, mantém através de olhares uma constante ligação com o caçador.

Com uma grande acuidade olfactiva, busca “de ventos”, cabeça alta, o que lhe permite sinalizar a caça longe, mas pode seguir o rasto com algum detalhe e minúcia, adaptando-se a variadas situações e trabalhando as emanações de forma cuidada e peculiar. Desde que detectada, a caça e após o deslize pára firme: cabeça imóvel apontando a peça, olhar fixo e orelhas em escuta, cauda horizontal ou pouco acima, os músculos sob tensão, indiferente ao que se passa em seu redor.

Cobra muito bem e por instinto, com habilidade e persistência em terra ou na água, entregando a peça com prazer e sem a danificar.

Uma "nova" função


Porque é muito meigo e afectivo, de fácil ensino, inteligente e com hábitos de higiene, para além de ter o pêlo curto que não suja o interior da habitação, foi sempre um cão ligado ao convívio do lar, torna-se por vezes até inconveniente dada a sua grande ligação ao dono.

É cada vez mais o preferido como cão de companhia e das raças mais seguras para o convívio com crianças, tanto em Portugal como no estrangeiro onde é cada vez mais requerido nessa função.

Actualmente encontra-se em expansão em países como Holanda, Finlândia e Brasil, países sem grande tradição cinegética.





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